Autoestima x Encarar nossos Defeitos
- Jéssica Schuster
- 20 de ago.
- 2 min de leitura

Quem nunca viveu a dualidade de sentimentos direcionados a si mesmo?
Dentro da nossa mente, convivem duas vozes. Uma mais suave, que nos oferece paciência, compreensão, acolhimento. E outra mais dura, que nos cobra, critica e aponta nossos limites.
Muita gente tenta silenciar uma delas — geralmente a “má”. Mas autoestima não nasce de tentar pintar o mundo interno de cor-de-rosa. Empatia, nesse caso, não significa concordar apenas com a voz doce e varrer a outra para debaixo do tapete. Empatia é escutar ambas. É reconhecer que a voz que acolhe nos traz calma e pertencimento, e que a voz crítica, por mais incômoda, muitas vezes é a que nos chama para o crescimento, para a evolução, para sair da estagnação.
Por isso autoestima não se constrói com tapinhas nas costas ou frases prontas de efeito.
Como fortalecer a autoestima?
Não se trata de repetir no espelho “eu me amo” enquanto, por dentro, você continua fugindo de si mesma. A verdadeira autoestima nasce do ato de se ver inteira — com os padrões tortos, os erros, as falhas — e, ainda assim, se escolher. É autocompaixão com responsabilidade. É assumir as rédeas da própria vida, sem se deixar aprisionar na posição de vítima.
Autoestima não é estar bem o tempo todo. Não é só confiança ou autoimagem positiva. É se olhar com coragem: validar as dores, reconhecer os limites, assumir a própria história mesmo que sinta vergonha e, mesmo imperfeita, escolher continuar. É poder se perceber humana — e isso ser suficiente.
Na prática, autoestima se revela quando você reconhece uma falha, mas não se define por ela. Quando aceita seus tropeços sem se esconder. Quando entende que não precisa ser perfeita para ser digna de respeito, inclusive o seu próprio.
Autoestima não é um ponto de chegada, mas um processo contínuo. Uma prática diária de se escolher, de se aceitar inteira e de agir a partir disso. É lembrar que todos nós estamos aqui nessa vida pela primeira vez, aprendendo com erros e acertos.
Então, eu te convido: o que você tem tentado esconder dos outros — e de si mesma — por medo de não ser aceita? E, talvez ainda mais importante: o que significa, para você, se escolher?
Se sentir que esse caminho é pesado para trilhar sozinha, a terapia pode ser um espaço seguro para olhar para si com mais clareza, acolhimento e coragem. Vamos juntas?

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